Efeitos
O protesto tem por fim caracterizar a impontualidade do devedor e provar sua inadimplência. Mas não é só
isto. Ao ser lavrado, o protesto torna-se ato público e sua publicidade chega ao conhecimento de todos
aqueles que quiserem efetuar consultas por meio de certidão.
Ainda, diariamente, os tabelionatos de protesto enviam informações de nomes protestados e cancelados a
instituições de proteção de crédito como a SERASA e o SCPC.
Outros efeitos do protesto são:
- garantir o exercício do direito de regresso contra endossantes, sacador e seus avalistas;
- interromper a prescrição (art. 202, III, Código Civil);
- fixar o termo inicial da incidência de juros, taxas e atualizações monetárias sobre o valor da
obrigação contida no título ou documento de dívida, se não houver prazo assinalado (art. 40, Lei nº
9.492/97);
- comprovar a mora do devedor-fiduciante (art. 2º, § 2º, Decreto-lei 911/69);
- caracterizar o estado de falência do devedor (art. 94, I, Lei nº 11.101/05);
- fixar o termo legal da falência (caracterizar o período suspeito - o termo legal não pode retroagir
por mais de 90 dias, contados do primeiro protesto por falta de pagamento - art. 99, I, Lei nº
11.101/05);
- no contrato de câmbio, habilitar o credor à ação executiva (art. 75, Lei nº 4.728/65);
- no contrato de venda a crédito com reserva de domínio, comprovar a mora do comprador (art. 1.071,
Código de Processo Civil).